segunda-feira, 23 de março de 2009

Sobre novas-velhas descobertas.

Ontem, uma grande amiga me falou: Bia, você se conhece muito bem.

Por um instante isso me soou bem óbvio. " É claro que me conheço muito bem, quem melhor que eu pra saber tudo sobre mim?" , pensei. Mas em 5 segundos percebi que isso não é uma coisa generalizada. Não sei se as pessoas não se conhecem bem, ou acham que não se conhecem. Acho que o fato deu ser tão segura sobre minha imagem está mais relacionada ao extermo do que ao interno.
Tenho uma sensibilidade muito grande de sentir o que as pessoas sentem, acho que isso sempre me ajudou a me colocar no lugar delas. De cara consigo perceber a imagem que alguém formou sobre mim. Não que as vezes não me surpreenda, mas na maioria das vezes não erro o chute.
Acho que foi exatamente essa minha preocupação de entender a minha imagem perante as pessoas que me fez entender cada vez mais as minhas multi-faces. Ah! Também tem o fato das pessoas gostarem muito de me analizar quando estou por perto, e eu escuto tudo, tudo , tudo. Mesmo que não seja algo lá muito bom.
Taí uma boa dica pra você que ainda não tem certeza do que é. Escute quem te conehce bem, incluindo a você mesmo. Acreditar na intuição e na sua cabeça é básico para ter certeza de quem você é,e não se deixar perder por aí.
O primordial, no que se diz respeito a mim, não é eu saber QUEM EU SOU, mas sim o QUE QUERO FAZER sendo quem eu sou. Essa sim é a parte mais difícil . A sensação é de ter um manual de instruções na mão e mesmo assim não saber usar o equipamento.
E daí que eu sei quem eu sou? O que estou tentando descobrir é o que faço comigo mesma daqui pra frente.


ps: Obrigada pela camisa dos Beatles.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Sobre o que eu não quero mencionar.

E eu sempre acho que conheço as pessoas. Uma amiga me descreveu uma vez da seguinte maneira: A Bia,quando conhece alguém, se empolga tanto que coloca certa esperança na pessoa, por isso se decepciona tão facilmente. Acho que ninguém nunca me descreveu tão bem. Eu sei que as vezes exagero, mas é verdade. Eu me encanto com as pessoas. Acho que não tem nada mais prazeroso pra mim do que estudar as pessoas e tudo ao redor delas. Mas eu já devia saber, cética como sou, que todo grande amor acaba em desilusão.
Desilusão, decepção. Não sei bem como chamar. Mas é algo do tipo o que eu sinto quando percebo que nem todo mundo é tão sensível aos outros quanto eu sou. Meu estado de espiríto está diretamente relacionado com o ambiente no qual me encontro. Não consigo ser apenas um indivíduo. Tenho muita noção do coletivo, e sei que as vezes espero demais quando desejo que seja assim para todos.
Eu sei e faço muita questão de me lembrar todos os dias: AS PESSOAS SÃO DIFERENTES. Mas nem sempre é tão fácil se conformar com egoísmo. Será que uma pessoa pode ser tão insensível a ponto de não absorver o a tristeza ou felicidade allheia?
As vezes me pego tentando entrar na cabeça dos mais individualistas e entender como uma cabeça pode funcionar só em bem próprio. Ganância, intolerância são palavras que passam bem longe da minha pessoa.
A primeira coisa que aprendi no curso de economia foi: AS PESSOAS REAGEM A ESTÍMULOS INDIVIDUAIS.
Acho que até hoje cruzo os dedos para que isso não seja verdade.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Sobre guerra e amor

Não vou definir guerras como sendo ódio simples e puro porque sei que não é. O que eu gostaria de entender é de onde vem esse ódio. Que todo mundo gosta de ter razão é óbvio, mas até quando esse orgulho deve ser levado a diante?
De todas as reportagens e e-mail que tenho lido ultimamente a conclusão que eu chego é: está acabando.
Acredito, ou quero acreditar, que somos uma geração mais preocupados em viver as diferenças do que exterminá-las. Todos os movimentos de ódio simplesmente estão se tornando em movimentos de amor, de novo. Subitamente estamos voltando aos anos 60 .
Não, não sou cega. Talvez eu esteja exagerando, talvez eu esteja em uma momento otimista demais, mas quando você participa a fundo dessas coisas e descobre que tem muitos mais afora que pensam e lutam iguais à você, é quase inevitável NÃO ser otimista.
Sim, estou presenciando e degustando um momento de esperança, e como é bom.Me deixe aproveitar feliz esses minutos antes de dormir. É bom acreditar que você não está sozinho, que não é um completo maluco andando com idéias estranhas pelo mundo. As idéias estranhas são agora, simplesmente,idéias de senso comum, idéias de DESEJO comum.
Pode parecer cliché mas eu realmente espero que 2009 seja um ano de Paz e Amor.

http://www.jewishvoiceforpeace.org/
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2002/09/36900.shtml
http://br.youtube.com/watch?v=pNjggLhQo6w

Sobre romantismo

" Sim, ainda sou romantica" pensei. No meio de tanta coisa, tanto problema, de tão pouco tempo, sobrou um tempinho para um filme de comédia- romantica. Não é o meu estilo favorito, mas ainda sim, um ou outro, me faz suspirar. Hoje vi o mais bobo de todos. Mas como estava sensível, suspirei.Suspirei não só pelo filme em si, mas pela sensação de ter um coração mole de novo.

Por alguns minutos durante o aquele filme voltei a ter meus 15 anos e relembrar de como era sonhar com um príncipe encantado. A época que o meu princípe encantado não precisava ser inteligente, ambicioso ou determinado, só carinhoso e engraçado já bastava.

Por uns cento e poucos minutos voltei ser uma menina. Sem preocupações com futuro ou expectativas, só esperanças.

Foi por isso que eu suspirei. Porque o mundo devia ser mais romantico e naquele momento era. A começar comigo.